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O peso das hierarquias e a leveza de pensar fora da bolha institucional

  • Foto do escritor: Nino Rhamos
    Nino Rhamos
  • 2 de set.
  • 1 min de leitura

Nos últimos dias tenho pensado muito sobre como a academia, em vez de estimular a pesquisa, tantas vezes acaba sufocando quem pesquisa.


O ambiente que deveria ampliar horizontes, frequentemente reproduz hierarquias rígidas, jogos de interesse e pressões que lembram mais uma lógica empresarial do que um espaço de produção de conhecimento.


Quantos colegas desistiram, não por falta de talento ou rigor, mas porque lhes foi imposto o sentimento de que pensar como antropólogo ou sociólogo é uma prerrogativa institucional e não um exercício que acompanha a vida, dentro e fora dos muros da universidade?


O resultado é perverso: a pesquisa se torna "propriedade" da academia, e não uma prática humana mais ampla. E assim se perde um imenso potencial criativo e crítico, porque muitos associam rigor à opressão, como se uma postura autoritária fosse sinônimo de ciência bem-feita.


Na prática, sabemos que não é. A qualidade da pesquisa não está na hierarquia ou na intimidação, mas na capacidade de formular boas perguntas, dialogar com o mundo e sustentar um pensamento crítico vivo.


Talvez por isso tanta gente se entusiasme quando ouve falar de espaços alternativos de pesquisa, mais leves, independentes e criativos. É um sinal claro de que o desejo de pesquisar continua vivo, mas não cabe em estruturas que confundem poder com conhecimento.

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